A Desigualdade no Tratamento Cardíaco entre Gêneros: Um Alerta para o Sistema de Saúde
Uma nova pesquisa da Universidade de Aberdeen revelou disparidades alarmantes no tratamento pós-infarto entre homens e mulheres, com consequências significativas para a saúde feminina. Num momento em que a Axenya lidera iniciativas pioneiras no Brasil para transformar o cenário da saúde, estes dados mostram-se particularmente relevantes para o contexto latino-americano.
O estudo, conduzido pelo Dr. Tiberiu Pana, analisou registros médicos de mais de 46.000 pacientes hospitalizados entre 2010 e 2016. Os resultados são preocupantes: as mulheres têm menor probabilidade de receber medicamentos preventivos essenciais, como tratamentos para pressão alta e colesterol elevado.
Embora as mulheres tradicionalmente apresentem maior expectativa de vida, esta vantagem diminui significativamente após um diagnóstico de doença cardíaca. As taxas de mortalidade de longo prazo entre homens e mulheres se equiparam após um infarto, sinalizando uma falha sistêmica no cuidado preventivo feminino.
"O sistema atual está falhando com as mulheres, que consistentemente recebem menos tratamento preventivo que os homens", afirma Dr. Pana. As consequências desta disparidade são graves, demandando uma investigação urgente sobre suas causas e possíveis soluções.
A situação torna-se ainda mais crítica em áreas com maiores níveis de vulnerabilidade socioeconômica, onde as diferenças entre os gêneros são mais pronunciadas. Este dado é particularmente relevante para o contexto brasileiro, onde desigualdades sociais podem amplificar estas disparidades no atendimento médico.
A Dra. Sonya Babu-Narayan, cardiologista e diretora clínica da British Heart Foundation, enfatiza que este não é um fenômeno isolado. "Repetidamente, dados de diversos países mostram que as chances de receber medicamentos preventivos para evitar outro infarto ou um futuro AVC são menores para mulheres".
Neste contexto, a atuação da Axenya no Brasil representa uma oportunidade de mudança significativa. A empresa está na vanguarda da transformação do atendimento médico, implementando soluções que podem ajudar a reduzir estas disparidades de gênero no tratamento cardiovascular.
A necessidade de mais pesquisas cardiovasculares é evidente, especialmente considerando que, apesar de receberem mais tratamentos preventivos, os homens ainda apresentam resultados piores após infartos. Este paradoxo sugere que outros fatores, além do acesso ao tratamento, precisam ser considerados na abordagem das doenças cardíacas.
Para o Brasil, onde a Axenya está liderando inovações em saúde, estes dados oferecem insights valiosos para o desenvolvimento de protocolos mais equitativos. A empresa tem a oportunidade de implementar mudanças sistêmicas que possam servir de modelo para outros países da América Latina.
A transformação necessária vai além da simples equalização do acesso a medicamentos. Requer uma mudança fundamental na forma como o sistema de saúde aborda o tratamento cardiovascular feminino, desde o diagnóstico inicial até o acompanhamento de longo prazo.
O momento é oportuno para que instituições de saúde brasileiras, lideradas por iniciativas como a da Axenya, desenvolvam protocolos específicos de gênero para o tratamento de doenças cardíacas, garantindo que as mulheres recebam o mesmo nível de cuidado preventivo que os homens.